sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Cancro.

O cancro é aquela doença que toda a gente teme. Trememos só de ouvir o nome. E não há ninguém que não tenha alguém relativamente próximo que teve, tem ou morreu de cancro. À minha volta há demasiadas histórias destas. E agora do nada mais uma. É uma merda duma doença em que não se pode prever nada, fazer nada, prevenir nada e geralmente quando surgem os sintomas é tarde demais. Só espero que desta vez não seja o caso. Não escolhe nada, não há critério. Uma notícia terrível num dia que marca o fim de um ciclo e que poderia ter sido celebrado com sorrisos e não com lágrimas. E depois ainda dizem que existe Deus que olha por nós. O tanas. Não tenham dúvidas que estamos aqui por nossa conta e que temos de aproveitar ao máximo o que temos porque não sabemos o que vem aí. Estamos aqui por nossa conta e o que levamos daqui é o que amamos, o que vivemos, o que rimos, a felicidade que proporcionamos e o que aproveitamos. Não há qualquer critério nem justiça quando se trata disto. A vida é injusta e como diz o Woody Allen, uma grande parte da nossa existência é a nossa sorte e não há dúvidas. Resta-nos ser fortes e lutar. Sempre.


Desculpem isto meio atabalhoado, estou abananada ainda.

Breathe in, breathe out.

O dia de hoje é de viragem na minha vida. Ponto final numa fase não muito fácil. Início de um novo desafio. Não sei o que virá pela frente, mas estou aqui para ver. Um dia de cada vez, right?

"Whatever tomorow brings I'll be there, with open arms and open eyes..."


Até muito mai loguinho pra isto tudo :)

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Vejam este filme :)


(Melodie asks him how she looks for her date with a new man) "That's an awfully agressive ensemble, you looking to wind up in an abortion clinic?"

(on New Years Eve as he talks to the audience) "I happen to hate New Years celebrations. Everybody's desperate to have fun trying to celebrate in some pathetic little way. Celebrate what, a step closer to the grave? That's why I can't say enough times, whatever love you can get and give, whatever happiness you can filtch or provide, every temporary measure of grace -- whatever works! Don't kid yourself, it is by no means up to your human ingenuity, a bigger part of your existence is luck. Christ, you know the odds of your father's one sperm from the billions finding the single egg that made you? Don't think about it or you'll have a panic attack!"

But why do you even want to hear about all this? Christ, you got your own problems. I'm sure your all obsessed with any number of sad little hopes and dreams. Your predictably unsatisfying love lives, your failed business ventures. "Oh, if only I'd bought that stock! If only I-if only I purchased THAT house years ago! If only I'd made a move on THAT woman." If this, if that. You know what? Gimmie a break with your could have's and should have's. Like my mother used to say, "If my grandmother had wheels, she'd be a trolley car."


Whatever Works.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

How could I say no?

I, I still remember
how you looked that afternoon.
There was only you.

You said "it's just like a full moon".
Blood beats faster in our veins
We left our trousers by the canal
And our fingers, they almost touched

You should have asked me for it
I would have been brave
You should have asked me for it
How could I say no?

And our love could have soared
Over playgrounds and rooftops
Every park bench screams your name
I kept your tie

I've gone wherever you wanted

(I still remember)

And on that teachers' training day
We wrote our names on every train
Laughed at the people off to work
So monochrome and so lukewarm

And I can see our days are becoming nights.
I could feel your heartbeat across the grass.
We should have run.
I would go with you anywhere.
I should have kissed you by the water

You should have asked me for it
I would have been brave
You should have asked me for it
How could I say no?

And our love could have soared
Over playgrounds and rooftops
Every park bench screams your name
I kept your tie

I would let you if you asked me

I still remember

I still remember, Bloc Party

R.A.P.

"Hoje revê-se em algum partido?
Não exactamente, mas isso não me causa transtornos de maior. Isso de uma pessoa ter de se rever inteiramente num partido para votar nele é uma mariquice. Voto em quem tenho de votar e acabou-se. Nunca votei à direita do PC. Ou voto no Bloco ou no PC. E nunca fiz segredo disso. Volta e meia dizem-me que é muito grave eu não ser imparcial. Eu quero que a imparcialidade se foda, sabe? A última foi uma jornalista que concorre a eleições – integrada num partido, obviamente. Acha que eu devia ser imparcial. Uma jornalista, note. Com actividade partidária activa. Nada contra, mas não me venha chatear. Eu não gosto de humoristas imparciais – aliás, tenho até dificuldade de me lembrar de algum. Prefiro pessoas que tenham… como é que se chama aquilo? Opiniões, é isso. O humor parte de um ponto de vista sobre a realidade, e cada humorista tem o seu. Não tem o seu e o dos outros. Quando vou ler o Woody Allen, o que me interessa é saber o que ele pensa sobre as coisas. Não quero que diga que é ateu e depois escreva que é muito religioso porque a ERC o obriga a dar uma no cravo e outra na ferradura."

in Entrevista a R.A.P. no DN

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Mais uma semana daquelas...

Para contrastar com a semana anterior, esta está a ser uma semana em que tenho chegado a diversas conclusões que sempre tinham estado à frente dos meus olhos mas que eu teimava em não ver.

Tenho posto pontos nos i's.

Descobri que por muito que queiramos uma coisa que nos faz (e sempre fez) falta, se da outra parte não há sinais do mesmo, se nos evita e com isso nos tira o sorriso que sempre conseguiu pôr-nos na cara, independentemente da situação (sim, tu sempre soubeste como me fazer feliz com pouco), não há força que aguente tanto empurrão e só me resta esperar e continuar a viver.

E outra situação que precisava de ser esclarecida definitivamente acho que consegui explicar-me finalmente em condições, porque chega de atirar areia para os olhos e fingir que está sempre tudo bem, que nunca se passa nada e arrastar o que já está decidido há muito. Por muito que custe é o que tem de ser e não podemos mandar no que sentimos. Às vezes confundimos tanto os sentimentos que acabamos por não perceber realmente o que vai cá dentro, mas chega a uma hora em que tudo fica claro.

Enfim, a vida dá muitas voltas e a minha tem sido uma roda viva, god.

Agora é aguardar pelos próximos desenvolvimentos...

sábado, 13 de fevereiro de 2010

"Quem Morre?

Morre lentamente quem não viaja,
quem não lê,
quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio,
quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito,
repetindo todos os dias os mesmos trajectos,
quem não muda de marca,
não se arrisca a vestir uma nova cor
ou não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.

Morre lentamente quem evita uma paixão,
quem prefere o preto sobre o branco
e os pontos sobre os "is"
em detrimento de um redemoinho de emoções
justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos
dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,
quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se
da sua má sorte ou da chuva incessante.

Morre lentamente, quem abandona um projecto antes de iniciá-lo,
não pergunta sobre um assunto que desconhece
ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves,
recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples facto de respirar.
Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio esplêndido de felicidade."

Pablo Neruda


Para ti que acreditas sempre em mim e está lá a toda a hora como nunca ninguém esteve e para ti que me resgatas "o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos."

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

What a week...


Hoje é quinta-feira e desde segunda já: fiquei muito triste com a minha mãe e fizemos as pazes, despedi-me do meu emprego, acabei um curso excelente de eventos, voltei a falar com duas pessoas que não falava há dez anos (sem exagero), chorei baba e ranho, ri-me, chateei-me com a Li (ai isso é todos os dias hehe), fizemos as pazes, quase marquei 3 viagens, decidi uma viagem, engoli sapos, senti um aperto, senti saudades, senti nervos, senti-me perdida e irritada, comi dois crepes de chocolate e ri-me de tudo porque no final das contas é o melhor remédio.


Busy week hum?

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

"So we meet again after several years
Several years of separation
Moving on, moving around
Did we spend this time
Chasing the other's tail?"

Boat Behind, Kings of Convenience

"I'm holding on to you,
On a bike we've hired until tomorrow.

If only they could see,
If only they had been here,
They would understand,
How someone could have chosen to go the length I've gone,
To spend just one day riding.
Holding on to you,
I never thought it would be this clear."

Cayman Islands, Kings of Convenience

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Assusta-me e entristece-me como as palavras e os sentimentos são descartáveis. Diz-se e vive-se uma coisa hoje que no dia seguinte é como se não existisse. Mexe-se com o coração de alguém para um dia depois já não ser bem assim. E ainda há os que acreditam e ficam com um brilhosinho nos olhos, como eu.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

It was a perfect storm.

"(...) There no easy way to say this so I’ll just say it, I met someone. It was an accident, I wasn’t looking for it, I wasn’t one the make, it was a perfect storm. She said one thing and I said another and the next thing I knew I wanted to spend the rest of my life in the middle of that conversation. Now there this feeling in my gut that she might be the one. She completely nuts in a way that makes me smile highly neurotic, a great deal of maintenance acquired. She is you Karen, that’s the good news. The bad news is that I don't know how to be with you right now, and that scares the shit out of me. Because if I am not with you right now I have this feeling we will get lost out there. It’s a big bad world full or twist and turns and people have a way of blinking and missing the moment. The moment that could of changed everything. I don’t know what’s going on with us and I can’t tell you should waste a leap of faith on the likes of me. But damn you smell good, like home and you make excellent coffee that has to count for something. Call me!(...)"